A reforma política, já! Como se nós já soubéssemos como reformá-la, a política, quando ainda devemos construí-la, lutar por ela.
Não podemos deixar que os mesmos partidos, os mesmos parlamentares, os eleitos, os expertos, os espertos, façam a reforma.
Os únicos a ter uma resposta pronta (disponível, já) para a reforma política são aqueles que sempre têm uma carta na manga. Que são competentes em pôr cartas na manga, para recolocá-las no jogo no momento oportuno. Os oportunistas que sabem jogar o jogo.
Ora, não queremos mais jogar esse jogo!
“Não se trata mais, agora, essencialmente, de tomar parte desses jogos de poder, para fazer com que se respeite mais e melhor sua própria liberdade ou seus próprios direitos; simplesmente, não queremos mais esses jogos. Não se trata tampouco de afrontamentos no interior dos jogos, mas de resistências ao jogo e de recusa do próprio jogo”.
FOUCAULT, Michel. La philosophie analytique de la politique. Texto 232 [1978]. In: DEFERT, Daniel; EWALD, François; LAGRANGE, Jacques (Orgs.). Michel Foucault: Dits et écrits. Vol. II. 1976-1988. Paris: Quarto Gallimard, 2001 [1994]. P. 543.
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