Há uma figura esplêndida exposta por Spinoza (no Tratado teológico-político, XVII, §1): o duplo cidadão-inimigo. Ninguém é totalmente capturado como cidadão, sem perseverar em um quê, maior ou menor, de inimizade ou resistência aos comandos do poder.
O temível inimigo existente no próprio cidadão é esse resto de potência humana inalienável e inapreensível pelo imperium.
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