Diário de Moscou XXV: o ódio do berlinense ao moscovita em uma mesma cidade
Bataille* explicaria o ódio social aos mais pobres (que são, ao mesmo tempo, para a autocompreensão narcísica dos “normais”, os mais desarrumados e feios), como uma questão que tange ao sagrado, uma questão de taboo (proibição de tocar). Um ódio estético-teológico produzido pelo nojo que, “normalmente”, se sente com as despesas ou os dejetos improdutivos do corpo individual ou social.
(*) Cf. BATAILLE, Georges. La structure psychologique du fascisme [1933]. Hermès, Paris, nº 5-6, 1989, p. 137-160. Disponível em: http://documents.irevues.inist.fr/handle/2042/15095. Acessado em: 09.03.2015. P. 143.
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