_O “ideal do eu”* é o eu que eu não sou, mas que desejaria ser, porque é o eu que eu deveria ser.
O “ideal do eu” é, portanto, ontologicamente, um não-ser, uma negação do eu, que envolve, politicamente, o desejo próprio numa exversão, numa captura, pela incorporação de uma exterioridade, moralmente, isto é, como expressão de um dever.
(*) Conferir: FREUD, Sigmund. Psicologia das massa e análise do eu [1921]. Trad. Paulo César Lima de Souza. In: Psicologia das massas e análise do eu e outros textos. Obras completas. Vol. 15 (1920-1923). São Paulo: Companhia das Letras, 2011. P. 67 in fine.
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