Ferramenta – Rudimentos da economia (III)

A ferramenta é uma mercadoria, tem um valor de uso para o corpo e, se apropriada, tem um valor de troca na sua relação com outras mercadorias.

Nem toda mercadoria, entretanto, é uma ferramenta, pois, diferente das outras mercadorias, o corpo não só usa a ferramenta imediatamente, para satisfazer imediatamente uma necessidade, mas também a usa para auxiliá-lo a acumular seu trabalho, a transformar seu trabalho em mercadoria.

A ferramenta é uma mercadoria que produz outras mercadorias.

Exemplos: uma escova de dentes, como uma maçã, é uma mercadoria, mas não uma ferramenta.

O uso da ferramenta, como de qualquer outra mercadoria com valor de uso, requer algum trabalho do corpo.

O corpo proprietário da ferramenta pode usar o trabalho de outros corpos, no uso da ferramenta, para a produção de mercadorias. Nesse caso, o corpo que trabalha com a ferramenta é o corpo trabalhador. No campo, o corpo trabalhador é o camponês; na oficina, o operário.

A mercadoria que o corpo trabalhador produz com seu trabalho não é necessariamente propriedade de nenhum corpo. Em geral, ela é totalmente ou parcialmente apropriada pelo proprietário da ferramenta.

A ferramenta trabalha? Não, o corpo que usa a ferramenta trabalha. A ferramenta apenas expande, quantitativamente ou qualitativamente, a capacidade de trabalho do corpo.

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