Ciência por semelhanças (II)

Já havia anoitecido. Estacionei o carro, na faixa contrária, com duas rodas sobre a calçada. Coisa rápida, o tempo de comprar alguma coisa, na padaria, logo em frente. De volta no carro, dei partida no motor, liguei os faróis, o pisca-pisca, e olhei pelo retrovisor. Bem à vista, no centro do espelho, vi um carro estacionado, com duas rodas sobre a calçada, na faixa contrária, faróis acesos e pisca-pisca ligado. Por um breve instante, breve mesmo, mas que durou o suficiente para que eu não o esquecesse mais, pensei tratar-se do meu próprio carro. Lá estava eu, aliás, o carro onde eu me encontrava, refletido no retrovisor do meu próprio carro.

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