Luz de invierno - Arroz

Mesma temática do filme de Brant. Ou seja nosso mundo de finitude. Nossa vida reduzida ao biológico estendido, fome, sexo, saúde, (a raça desapareceu), a economia. Mas neste filme de Arroz (e nos contos de Hugo...) há um elemento, eu diria um GEIST, um elemento vivificador, subterrâneo, elemento da história, de produção de história. Esse GEIST aparece em dois dos três contos. Ele não é uma vontade, ele acontece apesar das vontades conscientes. Aparece como uma inconsciência. O jogador de futebol que entrega sonâmbulo os tijolos à viúva miserável, sua vizinha. O relojoeiro que é tomado por uma ausência, a ausência do mendigo, até ela tornar-se presente no seu próprio abandono.
No filme de Brant, não estava presente sequer esse GEIST. Era finitude encerrada em si mesma. Esse realismo de Brant desloca o filme de Arroz para um romantismo? Há um Geist? Uma esperança de história, de transformação, de liberdade?

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