Summum bonum – uma alegria suprema


Qual é, para mim, o valor absoluto, definitivo, inquestionável? O bem supremo? Talvez – quem sabe? – chegar ao amor, a alegria com a intelecção do Todo.

Mas não se trata do Todo como soma de cada uma das suas partes (de maneira que a alegria na presença de uma coisa ou parte qualquer, em sua singularidade mesma, poderia ser o valor absoluto) e, sim, do Todo enquanto Todo; do Todo nos seus dois aspectos: como multiplicidade constituinte de cada uma de suas partes e como potência que se expressa na parte; como o que faz girar e é girado; o dobrar e o ser dobrado.

O bem supremo não pode ser o gozo de uma parte (já porque a parte se evapora), mas talvez o gozo da intelecção da eterna condensação-evaporação... ou seja, o delírio.

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