Aquino diz, em algum lugar (e talvez de um modo ligeiramente diferente), que “tudo visa ao bem”.
Esta já é uma relação ao universo aparentemente bastante tranquilizadora. Podemos suspirar, relaxar, nos sentar à beira do caminho, porque o bem infalivelmente está adiante.
_ Sempre adiante? Nunca neste lugar?
Aquino tranquiliza, mas nos deixa aquém do bem. Spinoza, por contra, nos dá a fórmula da imersão (para não dizer do êxtase): “tudo é perfeito tal como é”. Não apenas se visa ao bem, mas o bem perfeito é isso que visa, isso que somos, tal como somos, aqui, agora.
Aquino nos prega o alívio na finalidade, Spinoza afirma a presença.
Um comentário:
Caro Leon,
o santo mudou de nome! se bem que isto é meio cândido demais não? se este mundo é perfeito, por vezes gostaria de mudar de mundo! por vezes não, confesso...
Postar um comentário