Gostaria de assinalar duas proposições da Ética de Espinosa, porque extremamente sintéticas, potentes e alegradoras:
O ódio nunca pode ser bom. (E4, P45)
Nada mais útil ao homem que o homem. (E4, P18S)*
A ética de Espinosa trata da busca do bom, em vista da mais potência. Espinosa exclui desse domínio o ódio e tudo o que nos deixa mais tristes. O bom é útil porque nos alegra, isto é, aumenta nossa perfeição, nossa força de existir ou nossa potência de agir e pensar.
O mais bom se alcança junto a outros homens. Por isso, a Ética das afecções de Espinosa é radicalmente criadora do vínculo político.
Para entender a ética de Espinosa, apenas, talvez, falte falar da liberdade.
(*) SPINOZA, Baruch. Ética. Trad. Joaquim de Carvalho, Joaquim Ferreira Gomes e Antônio Simões. In: Espinosa. Col. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
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