Ela lia um livro, displicentemente, um romance, talvez, quando foi interrompida, com uma certa surpresa (a mão crispada), pelo anúncio de um acontecimento. O livro, então, nessa surpresa, inconscientemente, coloca-se ao lado do ventre e da potência de desdobramento.
Ora, este livro é o Verbo Incarnado: “A história de Meursault é este livro. Uma espécie de De rerum natura da incarnação da morte, quer dizer, da ausência do Sentido, de uma vida sem esperança [e sem medo], regida pelo acaso, em absoluta proximidade com o nada”*.
Nenhum comentário:
Postar um comentário