Não fazer uma teoria geral da equivalência dos inversos.
Mas constatar alguns de seus acontecimentos:
Acaso/Necessidade(sem origem-finalidade)
Esperança/Medo
Ignorância absoluta/Sabedoria absoluta
Sócrates não era um sábio absoluto nem um ignorante absoluto: ele sabia que não sabia nada*.
Então, para além de Sócrates, um estar para além da ignorância, do conhecimento e da expressão: “Pois o sábio como o idiota exprime pouco”**.
Isso (um caminho extremo e infinito, levado ao limite, ao salto, encontra seu extremo inverso) tem a ver com o que D. L. relata a respeito de Sócrates: “quanto mais prazer ele sentia em comer, menos ele precisava de temperos, quanto mais prazer ele experimentava em beber, menos ele contava com [ou esperava] a bebida que não estava a seu alcance; quanto mais reduzidas eram as suas carências, mais ele estava próximo dos deuses”***.
(*) LAÊRTIOS, Diôgenes. Vie et doctrines des philosophes illustres. Trad. diversos. Paris: Le livre de poche, 1999 [250]. II (Sócrates), §32. P. 239
(**) Camus apud BOVE, Laurent. Albert Camus, de la transfiguration: Pour une expérimentation vitale de l’immanence. Paris: Publications de la Sorbonne, 2014. P. 64.
(***) LAÊRTIOS, Diôgenes. Op. cit. §27. P. 235.
Nenhum comentário:
Postar um comentário