Polir ideias para obter ideias mais claras e mais potentes

Spinoza (além de pensar ou enquanto pensava) polia lentes.

A partir de um certo nível de polimento da superfície da lente, enxerga-se satisfatoriamente bem com ela. Entretanto, se a polirmos ainda mais, passaremos a enxergar com ela as coisas ainda mais claramente.

A ideia que temos de uma coisa qualquer também pode passar por esse processo de polimento.

Mesmo que tenhamos uma ideia satisfatoriamente clara da coisa pensada, ainda a podemos polir para que tenhamos da coisa uma ideia ainda mais clara.

Por exemplo, de uma elipse podemos produzir uma definição A que descreva o modo pelo qual a elipse pode ser engendrada. Podemos ainda produzir uma definição B de elipse, ainda mais clara que a definição A, no sentido de que, a partir de B mais do que de A, consigamos deduzir ainda mais propriedades da elipse. Dessa maneira, a definição B de elipse é mais potente do que a definição A (de B se geram, se demonstram, ou se veem, um número maior de coisas claras).

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