Na nossa concepção (intelecção, maneira de ver, ficção, como queira), nunca estamos aquém ou além da nossa vontade (voluntas). Não há nenhuma operação (movimento, gesto, disposição) do nosso corpo que possa ir contra ela, ou que não a realize plenamente. Nesse nível de presença da vontade, não pode haver vontade insatisfeita (insatiabilis).
– Muito bem, até concordo com isso quando se trata de um corpo solto. Mas, o que se passa em relação à vontade, quando o corpo é literalmente forçado a fazer alguma coisa, quando, por exemplo, violentamente, empurro um corpo pela janela, para que esse corpo caia?
Nós, em relação à vontade, não fazemos nenhuma diferença entre o corpo solto e o corpo preso. Então, quanto ao corpo empurrado, a sua vontade de cair, totalmente passional, era, no momento do empurrão e durante toda a queda, maior do que a sua vontade racional de não cair.
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