Questão de método

Tratar a Insurreição Iraniana (1978) não só como inflexão biográfica (daqueles que fizeram sua experiência) ou histórica, mas, também, ao mesmo tempo, como inflexão epistemológica, do modo de conhecimento da verdade, isto é, como inflexão da experiência do sujeito e da governamentalidade.

A Revolução Cultural Islâmica (1980)*, esse propósito de uma espiritualidade também no saber, de um saber o mundo na perspectiva de uma transformação espiritual do sujeito, já é, porém, um dispositivo de assujeitamento (de relação entre verdade e poder para o assujeitamento) esvaziada da vontade de autossubjetivação (de relação entre verdade e sujeito), que estava presente na Insurreição.



(*) Cf. KHOMEINI, Ruhullah. The Meaning of the Cultural Revolution [1980]. Trad. Hamid Algar. In: ALGAR, Hamid (Orgs.). Islam and Revolution: Writings and Declarations of Imam Khomeini (1941-1980). North Haledon: Mizan Press, 1981. Pp. 295-299.

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