Sobre a arché do aforismo

Frequentemente, o aforismo, em sua arché, tem um anteparo (ou um solo, se preferirem) do qual emerge.

Por exemplo, o aforismo de Karl Kraus, “A beleza passa, porque a virtude fica.”*, nasceu na desmoralização de uma máxima moral, “Schönheit vergeht, aber Tugend besteht!” (A beleza passa, mas a virtude fica!).

Outras vezes, o aforismo emerge na complementação de um outro aforismo. Como esse que, com Monique, compomos, a partir de Kraus: “A beleza passa, a virtude passa, a fantasia fica.”. Sem mas, nem porquê.




(*) KRAUS, Karl. Aforismos. Trad. Renato Zwick. Porto Alegre: Arquipélago, 2010. P. 37.







Um comentário:

Elizias disse...

"nada fica,
a não ser o que for bonito
a ideia fixa
é meu esporte favorito"
p.leminski