Metáfora II

– A metáfora é a relação externa entre duas proporções internas.




Uma proporção interna (A/B) é uma ideia. Uma ideia, mesmo imaginária, é uma potência.
É dessa potência da ideia (A/B) que se estabelece na imaginação a sua relação metafórica externa com uma outra ideia (C/D). E, depois, com outra e com outra... num encadeamento indefinido de metáforas.
Esse encadeamento pode ser serial: (A/B) -> (C/D) -> (E/F)... ad infinitum. Ou assumir uma forma mais complexa. Vejamos como.

A metáfora, a relação externa, estabelecida entre a ideia (A/B) e a ideia (C/D), é, em si mesma, a ideia de uma proporção entre as suas ideias componentes.




A metáfora não é apenas a relação entre duas ideias, ela é também uma ideia { (A/B) / (C/D) }, a da proporção entre (A/B) e (C/D). 

A metáfora, como ideia, interioriza as ideias que ela inicialmente põe em relação.

Sendo uma ideia, { (A/B) / (C/D) }, a metáfora tem em si a potência de estabelecer relações externas com outras ideias. Estas ideias todas podem ser interiorizadas na constituição de metáforas cada vez mais complexas... ad infinitum.


Mas a forma de qualquer uma delas, que é a proporção, (/), está incluída em todas as outras. Cada uma dessas ideias pode ser embutida em todas as outras, ou todas as outras, nela.

Com isso damos um passo na direção da intelecção da ideia de Deus.

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