O papel da verossimilhança e da verdade para a vida

Spinoza aceita o verossímil (o que se assemelha à verdade), e reconhece que no uso da vida, na maior parte do tempo, não é preciso conhecer a verdade para agir bem. Mas, o limite do verossímil é a verdade. Ou seja, o verossímil não pode contradizer a verdade, sob pena de nos engajarmos numa via absolutamente falsa e, sendo falsa, necessariamente nociva à salvação, à beatitudo ou à liberdade.

Spinoza aceita o imaginário desde que não contradiga a verdade.

Nietzsche, por outro lado, põe em conflito a verdade e a utilidade. De fato, essa é a sua questão: por que devemos considerar o verdadeiro como necessariamente útil à vida? Não seria antes o contrário? Não seria a verdade algo que prejudica a vida?

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