O mau filósofo, na interpretação do bom filósofo

A boa filosofia é uma questão de boa interpretação.
E todo mau filósofo é um filósofo mau.

A má interpretação é uma arma perigosa que, muitas vezes, inconscientemente, o mau filósofo utiliza para seus pérfidos fins, os quais, aliás, na realidade, sem que, talvez, ele o saiba, não se referem à verdade, mas se limitam ao proselitismo e à amizade prazerosa ou útil, às mais vis e inconstantes das espécies de sociabilidade.

O bom filósofo sabe interpretar, e o faz a qualquer custo. Pois o filósofo “honra a verdade mais do que os amigos”*. De fato, o “mau filósofo” é uma expressão vazia de significado ou uma contradição nos seus próprios termos. Só há, logicamente, filósofos bons.






(*) ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. I, 6.


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