Além dos artistas e filósofos, o profeta também percebe a verdade, mas não a pensa. Ele a refrata, pelos meios da imaginação, a seus contemporâneos, para que estes talvez o possam compreender.
A verdade passa por ele, em parte conscientemente, mas imaginada, sonhada, inadequadamente percebida.
O profeta não é exatamente o camponês enlouquecido. Seus oráculos não são absolutamente inconscientes, como o falar saudável do camponês, mas obscuros, tortuosos, mais próprios a quem fabula do que a quem diz o óbvio. Tampouco o falar do profeta é pura fabulação, como o falar do louco, porque a verdade perpassa o profeta.
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