Vivemos em cima do muro, isto é, estamos num espaço de indistinção, entre o dentro e o fora, a cidade e a natureza, o cidadão e o camponês, a liberdade e a necessidade (ou a graça), a ação e o labor, ensan e bashar. Muro-pele, muro-membrana, habitamos aí, embora não tenhamos lugar.
Não estamos diante da lei, nem dentro dela, mas no muro que a delineia indefinidamente. Descemos e subimos o rio, e seus meandros espiralados, que confundem a margem esquerda e a direita.
O camponês permanece do lado de fora do muro. O cidadão, do lado de dentro. Nós, em cima. O poeta, recostado ao muro dentro-fora.
Não estamos diante da lei, nem dentro dela, mas no muro que a delineia indefinidamente. Descemos e subimos o rio, e seus meandros espiralados, que confundem a margem esquerda e a direita.
O camponês permanece do lado de fora do muro. O cidadão, do lado de dentro. Nós, em cima. O poeta, recostado ao muro dentro-fora.
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