Racionalmente (quando temos em mente ideias
adequadas) ou irracionalmente (quando temos em mente ideias confusas ou
inadequadas), todos nós (gregos ou bárbaros) nos esforçamos por buscar isso que
nos é útil, que aumenta a nossa potência e expulsa a nossa melancolia. (conferir Spinoza e3p9)
Com isso, já damos um sentido peculiar ao que é grego e ao que é bárbaro (e
nos distinguimos do sentido de M. Conche). E podemos, então, afirmar o
seguinte.
Alegramo-nos barbaramente quando atribuímos
a causa disso que nos alegra a uma coisa que esteja apenas fora de nós.
Alegramo-nos gregamente quando percebemos que a causa disso que nos alegra, na
verdade, estando fora, também está em nós mesmos, como numa dobra, pela qual o
que está e age por fora também está e age por dentro.
E o interessante, para a nossa salvação, é que toda alegria bárbara pode
se tornar grega (cf. e4p59 e e5p3).
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