É possível que nós tenhamos, em maior ou menor grau de vivacidade, uma tendência natural à especulação (e, assim, à filosofia). Esta seria a razão da sabedoria popular, da qual a filosofia seria apenas uma espécie de ramificação disciplinada.
Confrontados às situações do mundo, nas quais estamos irremediavelmente inseridos, nosso regime mental observa, colhe, recolhe, coleciona, agrupa, distingue, excogita ideias, e, finalmente, formula regras de vida úteis ou, até mesmo, teoremas sem qualquer utilidade para a existência.
Assim, recentemente, ouvi de um amigo a tese de que, quanto mais nos aproximamos da linha do Equador, mais negra fica a nossa pele. Segundo ele, somos mais negros os de Guiné, do que os de Angola.
As crianças, também, não cessam de excogitar, e formular teorias. Um comportamento que, ao que tudo indica, vai desaparecendo conforme o humano se torna adulto. Já que os adultos (talvez por não saberem mais rir de si mesmos) se riem das esquisitas teorias das crianças.
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