A revolução

De um momento para o outro, para não dizer de repente, tudo isso que ainda está presente toma definitivamente a cor e o sabor de um passado absoluto. Esta é a hora da revolução.
 
É o que diziam alguns marxistas, mas para impedir o gesto de bravura que temiam ser uma precipitação. 

Porém, como sentir o verdadeiro, quando nos enganamos no sentimento? Mesmo sabendo que o sol está a milhões de quilômetros, ainda o imaginamos como se estivesse a 200 pés. O sentimento, a imagem, mesmo a que nos engana, em si mesma, é real.

Era àquele sentimento, o de que uma coisa já não se sustenta, também, que se referia Nietzsche, acerca da decadência retida das instituições eclesiásticas (das igrejas e da experiência humana que as instituíam). Deus estava morto e as igrejas, num descompasso, de pé.

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