Camadas

Abordar a filosofia na sua historicidade nos coloca imediatamente numa espécie de petição de princípio. Na perspectiva da história da filosofia, estamos desde já sob uma interpretação moderna da filosofia. É o moderno falando modernamente, ou seja, a partir de si mesmo para si mesmo.

E isso pode ser evitado?

Talvez, as filosofias não se sucedam no tempo, mas se fixem, aqui, lá, no espaço do pensamento. Esse espaço é único? Pergunta que equivale a essa outra: as filosofias são comensuráveis?

Ou, pelo contrário, serão elas todas de espaços todos outros? Se for assim, então, só podemos reatualizá-las (perceber apenas suas projeções em nosso plano), nunca podendo nos deslocar de nós mesmos? Não se pode fazer a experiência absoluta do outro?

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