..no Estadão...
Conforme decisão do Tribunal Superior da Turquia, o governo deve manter a proibição do uso do véu pelas mulheres nas universidades.
Problema de constituição que, a meu ver, precisa ser revista com urgência. Pois, nesses casos, prefiro a orientação de Spinoza.
Spinoza afirma que, para a paz do Estado, e para evitar cismas e sedições, o governo não deve fazer leis a respeito de opiniões ou de crenças. Proibir o véu interdita a manifestação de uma crença, e cria a possibilidade do cisma. Não deve proibir, assim como não deveria obrigar o uso do véu. Ambas atitudes, a proibição como a obrigação, fazem de uma opinião lei. A supressão da liberdade e da expressão da liberdade de opinião é um perigo. Por isso, o objetivo do Estado deve ser a liberdade.
A função do governo é manter o comum e, na manutenção do comum, deixar manifestarem-se as diferenças, evitando com isso que as diferenças corroam o comum.
Mão na brasa
...no ny...
O credo xenofóbico serve para arrebanhar ovelhas. Como?
Transforma o medo de si mesmo, ou o medo em si mesmo, em medo do alienus (do estranho).
Alienando o alienus, funciona para a alienação de si mesmo.
Considere-se o medo em si mesmo como uma condição humana, medo imanente, intransitivo.
Focalizado no estranho-estrangeiro, este medo imanente faz-se transitivo, torna-se ilusoriamente medo do que pode, em princípio, manter-se do lado de fora, transcendente.
A ilusão da expiação do medo é percebido como liberação. Mas essa ilusão, agenciada por um partido, é apropriada para estabelecer um mecanismo de assujeitamento. Por isso, a ilusão de alienar o estrangeiro não é liberação, mas sujeição a um partido que quer governar. Dizer sim a "não queremos estrangeiros entre nós" é a alienação de quem quer alienar.
Outras direções mais favoráveis à potência podem ser dadas ao medo imanente. O medo imanente não é originário, é só um aspecto da existencialidade (da essência da existência). O medo imanente pode tornar-se respeito imanente, até mesmo amor imanente.
O amor imanente é amor intransitivo na sua transitividade.
ESCOLHA: mão na brasa ou coração em chamas.
...por aqui...
O credo xenofóbico serve para arrebanhar ovelhas. Como?
Transforma o medo de si mesmo, ou o medo em si mesmo, em medo do alienus (do estranho).
Alienando o alienus, funciona para a alienação de si mesmo.
Considere-se o medo em si mesmo como uma condição humana, medo imanente, intransitivo.
Focalizado no estranho-estrangeiro, este medo imanente faz-se transitivo, torna-se ilusoriamente medo do que pode, em princípio, manter-se do lado de fora, transcendente.
A ilusão da expiação do medo é percebido como liberação. Mas essa ilusão, agenciada por um partido, é apropriada para estabelecer um mecanismo de assujeitamento. Por isso, a ilusão de alienar o estrangeiro não é liberação, mas sujeição a um partido que quer governar. Dizer sim a "não queremos estrangeiros entre nós" é a alienação de quem quer alienar.
Outras direções mais favoráveis à potência podem ser dadas ao medo imanente. O medo imanente não é originário, é só um aspecto da existencialidade (da essência da existência). O medo imanente pode tornar-se respeito imanente, até mesmo amor imanente.
O amor imanente é amor intransitivo na sua transitividade.
ESCOLHA: mão na brasa ou coração em chamas.
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