Para o lado da imagem
Sinto-me atraído, além das ideias, também, e às vezes até mais, para a imagem (que, assim como ocorre com atração para a ideia, se mostra em seus aspectos passivos – imagem-impressão – e simultaneamente ativos – imagem-expressão).
Ideia-imagem, um mesmo elemento em modos distintos – modos de pensamento. Não há ideia que não implique alguma imagem? E imagem, que não envolva alguma ideia?
Sobre a primeira questão, lembro-me da secular nota de Spinoza : “quase nada podemos inteligir acerca de que a imaginação não forme, imediatamente (è vestigio), alguma imagem”*.
(*) SPINOZA, Benedictus de. Correspondance. Trad. Maxime Rovere. Paris: GF Flammarion, 2010. Lettre XVII, §5. P. 124.
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