Pelo “entre” – uma ontologia do entre, da relação



Spinoza:

Nossa mente singular é essencialmente uma relação singular de ideias (como um filme é essencialmente uma relação de imagens), uma relação que não está em uma ou outra ideia, mas entre ideias.

----
Exemplo disso: https://www.youtube.com/watch?v=WSPHp42RvOI&list=PLcWoNlKpLdigf_MdKkrl4n4DLKRqA1KuK&index=20
----
Dziga Vertov: “ligações visuais entre os assuntos”. “Uma CINE-COISA” se define pelo “VER DA MONTAGEM”.*

(*) VERTOV, Dziga. Pronunciamento em um debate [1923]. Trad. Luis Felipe Labaki. In: LABAKI, Amir (Org.). A verdade de cada um. São Paulo: Cosac Naify, 2015. P. 38.
----
Artavazd Pelechian:
Uma das teses fundamentais de Eisenstein: um plano, chocando-se com outro plano, dá à luz uma ideia, uma apreciação, uma conclusão. As teorias da montagem dos anos 1920 atêm-se sobretudo à relação entre planos adjacentes. Eisenstein chamava isso de “ponto de junção”; Vertov, de “intervalo”.
[...] eu me convenci de que o que me interessava era outra coisa, de que a essência e a ênfase do trabalho de montagem consistem, para mim, não na colagem dos planos, mas em sua descolagem.
[...] o mais interessante começa não quando uno dois fragmentos, e sim quando os desuno e coloco entre eles um terceiro, um quinto, um décimo fragmento [...] criar entre eles uma distância.**
(**) PELECHIAN, Artavazd. Montagem distancial, ou teoria da distância [1972]. Trad. Luis Felipe Labaki. In: LABAKI, Amir (Org.). A verdade de cada um. São Paulo: Cosac Naify, 2015. P. 172.







Nenhum comentário: