A metafísica da língua

_ A língua nos faz dizer coisas que não pensamos.

Frequentemente, repete-se “meu corpo”. – “Eu cuido do meu corpo”. “corpo” aí funciona como objeto do cuidado. Quem é o sujeito? “eu”! Responde a gramática. Mas, o que é, no pensamento, o Eu senão também o Corpo? A separação objetal do Corpo, em relação ao Eu, é ainda reforçada pelo pronome possessivo “meu”. São essas possibilidades gramaticais da língua que, por exemplo, absorvem os quês não pensados.

Que diferença há entre: – “Eu cuido do meu corpo” e – “Eu me cuido”?

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