(o que é isto?) III

Sou consciente do meu desejo (palavra-ação), mas não do seu sentido, isto é, do seu encadeamento. Não sou consciente do que determina o meu desejo (isso é impossível para o humano), no seu encadeamento com os desejos dos outros.

Por isso, para mim, o meu inconsciente são os outros. Meu inconsciente são os desejos dos outros encadeados ao meu.

O inconsciente é inevidente e sem sentido. Na heteronomia do sentido, é dos outros, também, que se dá a norma do sentido (como encadeamento de palavras-ações).

O inconsciente tem sentido (encadeamento) mas não tem evidência (não é nem visível nem inteligível) – não pode ser objeto de uma ciência positivista.

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