Hoje em dia nos habituamos a perscrutar a verdade na voz do mercado, do livre-mercado. O livre-mercado, para nós, é o lugar da veredicção, a fonte da verdade, o oráculo racionalizado dos nossos tempos.
Assim, quando os índices econômicos indicam que algo vai mal com o mercado, isso indica, para nós, que, na verdade, algo vai mal com a política, com o governo, com a política de governo.
A verdade da política não pode contradizer a verdade do mercado. Quando o faz, o mercado revela, se pronuncia, nos avisa, e os índices econômicos desvelam a verdade como pecado da política.
Porém, se considerássemos a verdade do mercado como verdade de um tipo definido de experiência humana, de um tipo determinado de governamentalidade, então a variação dos índices econômicos indicariam, para nós, apenas a variação da intensidade do conflito entre duas formas de política, entre duas fontes de veredicção.
Um comentário:
Leon, aqui é o João Barros II. Fomos colegas na graduação e nos formamos juntos. Agora eu estou fazendo um sanduíche na Argentina. E vc como está?
Gostaria de saber da revista Peri....gostaria de enviar um texto...como andam os trabalhos por lá? a periodicidade?
Abraço, João
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