Hobbes discute a autoridade no cap. XVI do Leviatã, logo antes de entrar propriamente na parte política do seu tratado.
Temos o autor e o ator. O ator é a pessoa cujos atos e ditos pertencem propriamente ao autor, autor que o ator representa, ator que é autorizado pelo autor a agir e dizer em seu nome. Neste caso, o ator atua por autoridade.
“[...] in which case the actor acteh by authority.”
Hobbes compara autor e proprietário, autoridade e propriedade. A autoridade remete ao autor, como a propriedade ao proprietário.
Como a propriedade, a autoridade é um direito. A autoridade é um direito de agir e de dizer. Aquele que age ou atua por autoridade (como no caso do ator autorizado pelo autor) o faz com a devida licença daquele a quem cabe o direito.
No caso do professor, tudo o que ele faz e diz, ele o faz e diz por autoridade, isto é, autorizado pelo autor. O autor é aquele a quem cabe o direito sobre o que é dito e feito.
Digamos que o autor é autor de um conteúdo e de um método. Ele autoriza o professor a agir e a dizer tal conteúdo sob condição de que o faça segundo seu método e não segundo outro método.
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