Às vezes, a falsa ideia de um futuro absolutamente livre do presente se torna um alívio para o afeto monstruoso existente, pois:
1) Sob o afeto monstruoso, o presente se carrega de futuro. Os muitos anos a vir se acumulam no presente (que precisa pensar cada momento futuro como se fosse exclusivamente do seu encargo).
2) O momento presente parece se estender para sempre, eliminando o futuro. Todas as emoções presentes, que constituem o afeto monstruoso, parecem se estender indefinidamente na direção do futuro. O presente tende a perceber-se como eterno.
Assim, se conseguimos imaginar a maleabilidade do presente (como passageiro), e dar ao tempo sua forma remediadora e promissora, pode renascer a esperança.
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