A língua russa é, materialmente, como uma muralha, uma espécie de gosma, expelida
pelas bocas dos moscovitas, assim que se abrem, que vai se petrificando, e que se interpõe entre mim e
eles, separando-nos da maneira mais radical. O russo me aprisiona.
Mas isso, para um estrangeiro, pode
acontecer também frente a outras instituições comuns, como os costumes, as tradições,
as castas, as classes, as raças ou, até mesmo, a arquitetura...
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