Consumo como devastação do que se nadificou

O enfraquecimento do sentido de realidade da singularidade (as coisas singulares deixam de parecer reais em si mesmas) coloca o mundo diante de nós, as coisas e os outros seres humanos, como simples presa à disposição.

Isso é compreender, pela outra ponta da corda, o que escreve Hegel: "Nem mesmo os animais estão excluídos dessa sabedoria, mas antes se mostram iniciados no seu mais profundo; pois não ficam diante das coisas sensíveis como em si essentes, mas desesperando dessa realidade, e na plena certeza de seu nada, as agarram sem mais e as consomem".


HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Trad. Paulo Menezes. Petrópolis: Vozes, 2002 [1807]. P. 93.

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