A expressão, a beleza e a coisa


1) Uma expressão do feio pode ser bela.

2) Uma expressão pode ser bela, sem falar do belo.

3) Não é porque fala do belo que uma expressão é bela.

4) Uma expressão pode ser bela, sem falar de beleza.

5) Uma bela expressão não necessariamente fala do belo.

6) Um texto não é belo porque fala do belo, porque tem o belo como objeto, ou porque tem o belo como referência.

7) A beleza da expressão não é a sua referência.

8) Não é bela uma expressão porque se refere ao belo.

9) Não é o belo objeto de referência que torna bela uma expressão.

10) Uma bela expressão que fale de coisas feias. Isso é totalmente possível.

11) Que uma bela expressão se refira a coisas feias, isso é totalmente possível.

12) Expressar belamente o feio, isso é possível.

13) Falar belamente do feio.

14) Uma fala pode ser bela, mesmo que fale do que é feio.

15) “Isso é feio, não quero vê-lo”. Mas se eu falo belamente do feio, você me ouve.

16) Objeto feio. Imagem bela do objeto feio.

17) Coisa feia. Ele fala com beleza de coisas feias.

18) Coisa feia. Imagem bela da coisa feia não torna bela a coisa feia.

19) Coisa feia. Imagem bela. Não porque pinte a coisa como bela. Mas bela no seu próprio ser.

20) Belo filme de uma coisa feia.

21) Vi um belo filme de uma coisa feia. Onde está a beleza, em mim, no filme, na coisa?

22) A coisa é feia; há uma bela expressão dela.

23) O que faz bela uma expressão não é a coisa que ela expressa.

23bis) O que constitui a beleza de uma expressão não é a coisa expressa.

24) A expressão que expressa a coisa feia pode ser bela.

25) O feio expresso pode aparecer belamente.

26) Como belo.

27) O feio pode ser expresso com beleza.




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