Diversas partes ou subsistemas estão em estrutura (isto é, intimamente
relacionadas umas às outras numa rede de desejo) quando a modificação ou a variação de uma delas
implica, simultaneamente, em modificações ou variações de adequação nas outras partes, com a consequente conservação da sua estrutura ou da sua relação.
Assim:
– o mito, para Dumézil, é uma estrutura;
– o indivíduo e os impérios, para Spinoza, são
estruturas;
– vários sistemas anatômicos da espécie
humana, para Darwin, são estruturas (lei da variação correlata).
Perceba você, portanto, que:
– alguns (muitos, mas não todos) dos seus atos, pensamentos e sentimentos são estruturais: possuem sua razão, não propriamente em você mesmo, mas no dispositivo, ou seja, na relação estruturada que seu ser ou desejo mantém com o ser ou desejo de outras pessoas e coisas;
– se todos os seus atos etc. fossem estruturais, não haveria acontecimento, apenas eventos.
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