Tem-se manifestado, entre nós, na política, – se exageramos um pouco – um recorte simples: que separa, com nitidez ilusória, o cá do lá. Como se o cá e o lá fossem dois campos evidentes e as duas únicas alternativas claras de opinião (e inação).
A polarização estruturada das opiniões (o dispositivo de alinhamento dos corpos e mentes individuais, de aglomeração automática e coerente, seja de um lado ou de outro de uma linha divisória hiper-real), que recorta o corpo político em dois campos simples, mostra-se como sinal de nossa estupidez crescente.
Isso funciona, em geral, segundo a lógica do partido (e, em nosso caso: do bipartidarismo).
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