Atração pelo modo imperativo do discurso


“Distancie-se de um ponto de vista.”

O modo imperativo (possivelmente, o modo de discurso originário; a linguagem seria inicialmente a instância de uma ordem, a afirmação de um comando) exerce sobre os nossos ouvidos (e, na sequência, sobre o restante do nosso corpo) uma estranha atração. Damos mais ouvidos a um comando (mesmo na resistência) do que a uma descrição.

Bom, a novidade talvez nos pareça estranha. Mas parece-me que o estranho remete sempre, ao mesmo tempo, a algo muito antigo, quase totalmente esquecido.



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