Em Moscou, eu realizo que a minha pele são camadas “exteriores” superpostas que meu ser incorpora, dinamicamente e prazerosamente, até a última extremidade (a que está mais para fora) do meu casaco.
Ao passo que, em Berlim, naquele minúsculo apartamento superaquecido, eu pensava a minha pele negativamente, quer dizer, como aquela última camada do mundo que eu não podia extrair de mim sem dor.
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