Quer dizer, a história do cinema só começará quando o cinema for inventado, quando a sua essência existente – a ideia de uma ilusão, uma experiência ilusória, que restitua perfeitamente a realidade – estiver tecnicamente realizada.
– O cinema ainda não foi inventado!*
Esta frase não nos vale de muito (não podemos levar isto muito a sério). Bom, pelo menos, a compreensão desta frase nos dá, a nós que sentimos o fim, a indicação do que esta outra – “A história ainda não começou!”– quis dizer, do que é estar na pré-história, no aguardo profetizado do início da história, de uma história que começará ao fim do estado atual, mas que, desde lá, desde um estar futuro, já guia a atualidade.
(*) BAZIN, André. O mito do cinema total [1946]. Trad. Eloisa Araújo Ribeiro. In: O que é o cinema?. São Paulo: Cosac Naify, 2014 [1985]. P. 39.
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