Nexus IV

Para a revalidação daquele (esquecido!) conceito de nexus e de seus elementos (verdade, poder e sujeito), conceito que é sempre encoberto pelo que, na aparência, vem antes dele (uma ontologia, uma política e uma ética-como-prática-refletida-de-si) – embora não haja, de fato, a anterioridade dos elementos em relação ao nexus, mas correlação imediata) –, temos o texto de Dreyfus, um leitor de Foucault, na interpretação que propõe de Heidegger.

Dreyfus escreve: “nossas práticas sociais incorporam uma ontologia”*, ontologia que (e aqui ele recorre a Bourdieu) produz um habitus corporal e “uma certa experiência subjetiva”** de interpretação do ser.

Esta experiência subjetiva é posição, sem que nos importe onde ela se inicia, se no mundo ou se no sujeito. Por assim dizer, na ausência de melhores palavras, é a experiência-pensamento que vem antes.





(*) DREYFUS, Hubert L. Being-in-the-world: A Commentary on Heidegger’s Being and Time, division I. Massachusetts : MIT, 1991. P. 16.

(**) Ibid. P. 17.

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