L'être de fuite III – o que se experimenta na experiência

Amar, odiar. E levar a vida com prudência despojada, isto é, sem re-sentimentos. Afinal, no re-sentimento dá-se apenas o re-encontro narcísico de si consigo mesmo.

Quando dizemos: – eu tenho a experiência dessas coisas,
...o que chamamos experiência é apenas a revelação, aos nossos próprios olhos, de um traço de nosso caráter que reaparece naturalmente, e com tanto mais força quanto o havíamos revelado a nós mesmos já uma vez, de sorte que o movimento espontâneo que nos guiara da primeira vez se acha reforçado por todas as sugestões da lembrança.*


(*) PROUST, Marcel. A fugitiva. Trad. Carlos Drummond de Andrade. São Paulo: Globo, 2012 [1923]. P. 39.

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