“Pensar
é estar doente dos olhos”*.
“Não pense, veja!”**
Estamos sempre
de acordo com os poetas. Então, quando os poetas contrapõem o “ver” ao
“pensar”, e valorizam o primeiro gesto acima do segundo, eles não podem estar
pensando (ou vendo) o mesmo que nós vemos, ao lermos: – Ver é pensar.
(*) PESSOA, Fernando. Obra
poética. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005. O guardador de rebanhos
(Alberto Caeiro). P. 205.
(**) “Denk nicht, sondern schau!”. WITTGENSTEIN, Ludwig. Philosophische Untersuchungen. Frankfurt:
Suhrkamp, 2003 [1941]. #66. P. 56.
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