A virtude, ao menos, na palavra

A virtude não vem depois da boa ação (uma ação correta, perpendicularmente reta, orientada pelo nosso vínculo comunitário, humano e com a natureza). Não é a ação boa que faz o virtuoso. Esse é o padrão da moral (um modelo dado de ação que, se imitado, é critério da virtude).

A virtude não é um fim a se alcançar mediante um comportamento moral. Mas um princípio, uma arché humana. A virtude é uma potência reta consigo mesma e, como tal, é já uma disposição da qual se seguem as ações boas. É o virtuoso (em sua reta potência) que faz a boa ação.

Ânimo vigoroso, generosidade, força e coragem, prudência, atenção, perspicácia, vinculação, numa palavra: fortitudo*.




(*) e4p73 e escólio. SPINOZA, Benedictus de. Ethica [1675]. In: Opera Posthuma. –: –, 1677.

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