Os amantes da Verdade, originalmente rivais, ao invés de se dilacerarem mutuamente na tentativa de possuir a Verdade individualmente só para si, como objeto exclusivo de seu amor, devido ao seu número elevado, terminam por substituir os ciúmes que sentem uns pelos outros, por meio da identificação no sofrimento, com um sentimento de rebanho.
“Lembremos o bando de mulheres e garotas que, num entusiasmo amoroso-sentimental, cercam o cantor ou o pianista após um espetáculo”.*
(*) FREUD, Sigmund. Psicologia das massas e análise do eu e outros textos. Obras completas. Vol 15 (1920-1923). Trad. Paulo César Lima de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. P. 82.
Nenhum comentário:
Postar um comentário