Para os moralistas, o grande inimigo do dever (e do respeito à lei pela lei) é o amor de si, de um si tal como ele é (e, por extensão, o amor da vida tal como ela é).
Agir por dever é elevar-se acima do amor de si próprio no amor da humanidade.
Mas a humanidade, aí, não é composta de “sis”, entes concretos, singulares, que amam a si próprios, e, sim, é a ideia da liberdade de um ser racional. Livre, porque sua vontade é desconectada de qualquer estímulo externo e capaz de se subordinar, querendo-a, à legislação que ele mesmo pensa e profere.
E o amor, aí, não é uma alegria, mas um “amor prático”, ou seja, um respeito, que não é causa do reto querer no sujeito, mas efeito dele.
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