Às vezes eu percebia um erro de percurso, mas isso, para o meu espanto, não alterava coisa alguma no resultado a que eu havia chegado ao cometer aquele erro.
Como se, num momento intermediário, eu calculasse 2+5 = 9, seguisse adiante, somando e subtraindo outros valores, até chegar a um resultado X, e, mais tarde, percebesse aquele erro, e o corrigisse, sem que isso modificasse, porém, o resultado final X já alcançado.
Agora eu sei que – como aquele raciocínio intermediário, correto ou torto, não alterava em nada minhas conclusões – eu podia me passar dele sem qualquer prejuízo, porque o meu resultado era independente do processo que me havia levado até ele; embora eu saiba, também, que eu, particularmente, não teria chegado àquele resultado sem passar por esse erro.
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