Nós redefinimos a razão pela liberdade, propositalmente, pois a razão também se definiu historicamente pela subjugação da natureza externa e interna:
A luta começa com a perpétua conquista interna das faculdades “inferiores” do indivíduo: as suas faculdades sensuais e apetitivas. A sua subjugação é considerada, pelo menos desde Platão, um elemento constitutivo da razão humana, a qual é, assim, repressiva em sua própria função. A luta culmina na conquista da natureza externa [...].*
Isso nos coloca então em presença de uma má razão e de uma razão boa ou, em outros termos, de uma razão parcial e de uma razão comum?
(*) MARCUSE, Herbert. Eros e civilização: Uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Trad. Álvaro Cabral. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999 [1955]. P. 107.
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