Diário de Moscou XXIX – o método (a via) inconsciente


Minha investigação me aparece, às vezes, como um tateamento espraiado ao máximo da distância de meus braços e dedos, uma dispersão desconexa, uma imensa foz de rio, aberta em milimeandros, dividida, fragmentada, até o ponto do raquitismo, e ainda assim bifurcante. Há uma multidão. Para compreender um mínimo dela, preciso conversar com cada um que a compõe. Se chegar a algum resultado intermediário conciso que ainda possa ser expresso em palavras, poderei dizer: há um método sem finalidade (ou uma pura via).


Nenhum comentário: